jueves, 28 de febrero de 2008

Roteriro Pousadas Onde há fumo, há queijo



Se não consegues decidir entre uns dias passados na companhia dos enchidos transmontanos ou umas longas horas passadas a comer queijo da serra, não escolhas. Vai aos dois.

De uma forma ou de outra, nesta época o teu destino é a norte do país. Aqui, há quem meta mãos à obra para que te sentes à mesa com os sabores do Portugal tradicional. Por isso, o sul fica para depois...


Encher chouriços

Começamos no ponto mais a Norte, no distrito de Bragança. Mesmo a calhar, porque em nesta cidade até tens uma pousada de juventude à tua espera. Mas é em Vinhais que acontece a Feira do Fumeiro, no Pavilhão ao qual a celebração dá o nome. De 31 de Janeiro a 3 de Fevereiro, das 10 às 22 horas, podes empanturrar-te com as tuas iguarias predilectas, saborear os sabores típicos da região e ser transmontano por um dia. Ele há de tudo um pouco: da chouriça de carne ao chouriço de sangue, passando pela alheira, sem esquecer as compotas, os queijos e o pão para acompanhar. Nada como um petisco quentinho para aquecer as horas mais frias... E um petisco caseiro, como se quer. Aqui tudo se faz como a tradição manda e os enchidos são todos feitos manualmente.


E depois há sempre quem se deixe convencer para ir dar música à festa. Este ano podes contar com os Da Wesel no dia 1, José Cid no dia 2, seguido pelos Dj’s da Antena 3. Mas como o que sabe bem, dura pouco e a 3 de Fevereiro não há mais festa com enchidos para ninguém, para que não fiques a salivar, adiantamos já que na semana seguinte os sabores são outros (mas nem por isso menos tradicionais).

E depois há sempre quem se deixe convencer para ir dar música à festa. Este ano podes contar com os Da Wesel no dia 1, José Cid no dia 2, seguido pelos Dj’s da Antena 3. Mas como o que sabe bem, dura pouco e a 3 de Fevereiro não há mais festa com enchidos para ninguém, para que não fiques a salivar, adiantamos já que na semana seguinte os sabores são outros (mas nem por isso menos tradicionais).
Ainda a norte mas mais a sul
A Pousada da Juventude pode ser em Guarda, mas é em Celourico da Beira que a festa se faz. Uma feira inesquecível, apesar do muito queijo, em homenagem a uma das preciosidades que a serra da Estrela tem para oferecer: o queijo (artesanal e certificado, claro). Mas nem só deste lacticínio vive o homem e para os mais nostálgicos, esta notícia até vem a calhar. É que da mesma forma que não falta queijo na festa dos enchidos, também não faltam enchidos na festa do queijo. E de 1 a 3 de Fevereiro, juntos estes dois produtos tradicionais portugueses, vão fazer as delícias de muitos “tugas”. De resto, numa festa destas também não falta quem toque a concertina e dance o solidó. Vai treinando em casa, que aqui, um passinho de dança é obrigatório. Ponha lá aqui o seu pezinho, devagar devagarinho...

Portanto já sabes, antes da euforia do Carnaval e ainda com alguns dos quilinhos do Natal a circular no teu organismo, dá largas ao teu apetite e deixa que o teu estômago te transporte para outras paragens. Afinal de contas, estes são os sabores e aromas que dão cheiro e paladar a Portugal...

lunes, 25 de febrero de 2008

SABORES LUSOS

La gastronomía lusa guarda muchos e interesantes secretos. Un recorrido por los platos más típicos del país da cuenta de la excelencia de su gastronomía y de sus recetas sencillas, sabrosas y ricas en especias. Sopas, carnes y pescados cocinados de muy distintas formas.

Visitar Portugal es también deleitarse con los distintos sabores que la cocina portuguesa ofrece. La región integra dos áreas de tradiciones gastronómicas bien distintas: por una parte el litoral, donde predominan los platos de pescado, y por otra parte el interior, donde se pueden degustar los platos más típicos.

La cocina portuguesa es asombrosamente sabrosa por la tradición importadora del país. Especias como el jengibre, la pimienta o la canela y una gran variedad de alimentos exóticos de África, América y Oriente se pueden encontrar en los platos portugueses más tradicionales.

Indispensables
Una comida en Portugal siempre empieza por una sopa. De la provincia del Miño procede el entrante más típico de la región, el caldo verde, una sopa compuesta por col, patatas y que adornada con chorizo es indispensable sobre todo en el norte del país.

Otra sopas características son la açorda de alhos (sopa de ajos), el caldo de grelos (de verduras) y la canja de galinha, (caldo de gallina con arroz). Con respecto a los guisos, el más tradicional es el cocido portugués hecho con alubias, carne de cerdo, de vaca, y embutidos. Se trata de un primer plato muy similar a la fabada asturiana.

Un paraíso de marisco y pescado
Dada la extensa costa de Portugal, una de las bases de su gastronomía es el pescado y el marisco. El plato nacional es el bacalhau (bacalao), del cual los portugueses dicen, que hay tantas maneras de cocinarlo como días del año. Aún así, la receta más típica para prepararlo es cocido con patatas y coles. En Nochebuena este plato se sirve en la mayoría de los hogares portugueses.

Tampoco se pueden dejar de probar las deliciosas caldeiradas, que elaboradas con distintos pescados, constituyen un buen ejemplo de la tradición pesquera de este país. La sardina es protagonista en los churrascos y fiestas al aire libre que se realizan en verano.

Con respecto a los mariscos y crustáceos podrá probarlos estofados y cocinados con chorizo, beicon y hierbas. También son muy apetecibles los pescados de río, como la lamprea con arroz, la trucha de la sierra de Estrela o el sábalo en Ribatejo.

Para los que prefieren carne
Además de la gran variedad y las sabrosas recetas de pescado, en Portugal la carne también goza de gran popularidad. Destacan el bife a la portuguesa, cocinado con una salsa hecha con vino de Oporto, y sobre todo el cabrito, que condimentado con multitud de especias es perfecto para los paladares más exigentes. Los productos ahumados como el jamón, el chorizo, el lomo y el salchichón, disfrutan también de una calidad sobradamente reconocida.

Con respecto a la comida rápida las “francesinhas” son una modalidad muy extendida en Portugal. Consiste en un sandwich relleno de múltiples variantes como pueden ser carne, fiambre, verduras, y que está cubierto con queso fundido y bañado en abundante salsa.



En las islas...
Si en vez de a la península decide viajar al archipiélago de las Azores podrá disfrutar de sus famosos platos cocinados al vapor, en las grietas de estas paradisiacas islas volcánicas. Además, allí tendrá la oportunidad de comer pez espada, un pescado muy codiciado, que se captura en las profundas aguas del Atlántico que rodean a las islas.

En cuanto a Madeira, todo aquel que la visite está obligado a probar la espetada, una brocheta asada en parrilla y al fuego. Normalmente, la carne está insertada con ramas de laurel "espetada de louro", que da a la carne un gusto aromático. Otras especialidades de la isla es la "carne em vinha de alhos", carne de cerdo adobada durante varios días en una mezcla de vino, ajo, laurel y especias.

Y los postres
La confitería es igualmente rica y variada. De Alcácer destacan las piñonatas y los pasteles de piñón. De Setúbal, los dulces de naranja, los "eses" de Azeitão y las peras cocidas en vino moscatel de Palmela. También son muy populares los bolos de mel, hechos con almíbar, caña de azúcar, frutas y cubiertos de almendras.
Arancha Bello

domingo, 24 de febrero de 2008

Bilharacos - Receita tradicional.

São os bilharacos (bolinhos de Natal de abóbora), caracteristicos da região de Aveiro.

Ingredientes

  • abóbora amarela

  • 3 colheres de farinha de trigo

  • 3 de açucarum

  • pouco de vinho do Porto

  • sumo e raspa de laranja

  • 5 ovos inteiros

  • nozes picadas

  • pinhões picados

  • óleo para fritar.

Preparação

  1. Coze-se a abóbora amarela no dia anterior e fica a escorrer para retirar o máximo de água.

  2. Desfaz-se a abóbora até ficar num polme e de seguida juntar a farinha, o açucar, os ovos, o vinho do Porto, o sumo e a raspa de laranja, as nozes, os pinhões e mexer tudo muito bem.

  3. Frita-se às colheradas em óleo bem quente.

  4. Pôr a escorrer em papel absorvente, e depois passar por açucar e canela.

  5. Servir numa travessa.

Ninho de Fios de Ovos Delícia portuguesa



Doces de ovos são sinal de fartura
A doceria portuguesa exerceu forte influência na confeitaria do Sul do país. No final do ano, os doces de ovos ganham um espaço de destaque nas mesas das ceias, por conta de sua cor dourada e da crença de que sua presença representa os votos de um ano com muita fartura. As receitas são tradicionais, e seu preparo, um pouco trabalhoso. No entanto, com alguns cuidados - principalmente em relação ao ponto da calda - o resultado é garantido. Ninhos de fios de ovos, lencinhos de ananás, fatias de nozes e monserrat são algumas das delícias portuguesas.

Ingredientes:
Ninho de fios de ovos
- 1kg de açúcar
- 24 gemas peneiradas
- 4 claras
- 500ml de água
Ovos moles
- 8 gemas peneiradas
- 8 colheres (sopa) de açúcar
- 1 colher (sopa) de manteiga
- 1 colher (chá) de essência de baunilha
- 1/4 de xícara de leite

Confecção:

1. Passe as gemas e as claras por 2 vezes em uma peneira fina. Reserve.
2. Misture o açúcar com a água, formando uma calda em ponto de fio brando.
3. Com a ajuda de um funil especial para fios de ovos (ou de uma bisnaga para condimentos sem uso), vá colocando a mistura na calda, em movimentos circulares, para que se formem os fios.
4. Retire os fios com um garfo e deixe escorrer sobre uma peneira.
5. Com ajuda de um canudinho, enrole os fios, formando ninhos.
6. Coloque os ninhos em uma fôrma e leve ao forno quente para que tostem levemente.
7. Para o doce de ovos, coloque o açúcar em uma panela com 1 xícara de água.
8. Misture bem e leve ao fogo até formar uma calda média.
9. Retire do fogo, coloque a manteiga e deixe esfriar.
10. Junte o leite e as gemas e leve ao fogo novamente, mexendo até engrossar.
11. Retire e misture a essência de baunilha.
12. Recheie os ninhos.
Porções: 50

lunes, 24 de diciembre de 2007

Doceria portuguesa conquista prêmio europeu na Grécia

Algoz, Faro, 23 dez (Lusa) - Uma cesta cheia de uma fruta chamada medronho que ninguém diz ser feita de massa foi um dos doces com que uma algarvia conquistou "gregos e troianos" num congresso na Grécia, em que foi premiada a nível europeu. Os elaborados doces de massapão, amêndoa, abóbora e ovos moles feitos por Maria Encarnação Gonçalves deixaram com água na boca o júri de um Congresso de Gastronomia realizado na Ilha de Corfu, que lhe atribuiu o prêmio de melhor artesã alimentar tradicional da Europa. Entre ouriços, cestos de frutas sortidas e verdadeiras "réplicas" de marisco ou ervilhas com ovos, a doceira impressionou de tal forma os participantes no congresso que os franceses chegaram mesmo a propor-lhe comprar tudo. A especialidade de Maria Encarnação é fazer os doces finos, um trabalho meticuloso que, de acordo com a tradição, ganhou esse nome por ser feito com ingredientes caros ou raros. Ainda hoje o quilo de uma figura grande trabalhada em amêndoa custa cerca de 30 euros e até há quem tenha pena de abri-las e comê-las, tal é a perfeição e primor com que são apresentadas. É junto à "Quinta dos Avós", casa de chá que a família dirige em Algoz, entre Silves e Albufeira, que Maria Encarnação se dedica ao trabalho de esculpir os doces em massapão, todos feitos à base de ingredientes caseiros. O espaço onde desde há dez anos se ergue a casa de chá era usado antigamente para guardar o gado e a pequena "fábrica" de onde saem os doces, logo ao lado, o sítio onde se fazia a matança do porco e as chouriças. A "Quinta dos Avós" é um deleite para os sentidos e uma tentação para os mais gulosos, com vitrines recheadas de doces típicos do Algarve, como Dom Rodrigo, beijinhos de freira, morgados de figo, doces de azeite e mel e broas. Foi por conhecer a arte de Maria Encarnação e acreditar que ela teria fortes hipóteses de ganhar que o Grão-Mestre da Confraria dos Gastrônomos do Algarve decidiu propor o seu nome para concorrer a nível europeu. "O mais difícil não foi ganhar, foi convencê-la a ir", graceja José Manuel Alves, confidenciando que o maior medo de Maria Encarnação, também membro da Confraria, era mesmo andar de avião. Mas valeu a pena. A comitiva do Algarve levou uma doçaria "de fazer inveja" e apesar de alguns exemplares terem ficado desfeitos durante a viagem, depressa a equipe pôs mãos à obra e os recompôs. Maria Encarnação confessa que o momento de maior aflição foi quando lhe pediram para fazer um doce ao vivo em dez minutos. Despachada, deu forma a um coelho com uma cenoura na boca que deixou os presentes impressionados. Atualmente, não tem mãos a medir com as encomendas para o Natal, época em que chega a fazer mais de 300 quilos de bolos. "Só uma cliente encomendou 40 figuras", afirma. O problema é que por vezes o reconhecimento "é maior lá fora do que cá dentro", atira José Manuel Alves. Mas nada parece demover a doceira algarvia de continuar a "esculpir" as suas figuras de massapão e amêndoa.
Por Marta Duarte, da agência Lusa